segunda-feira, 25 de março de 2013


Cárcere

* Por Alberto Cohen
 
As grades que eu habito há tanto tempo
fazem parte de mim, do meu destino
de carcereiro que escondeu as chaves,
de prisioneiro do seu desatino.
Quantas horas perdidas caminhando
em pequenino chão onde pegadas
se confundem no ir e vir em torno
de penas que sequer foram julgadas.
E sei que existe um sol, que estrelas brilham,
mas noutro mundo fora desses muros
do cárcere de tinta em que me escondo
pedindo vida, rezando esconjuros.

     * Poeta e escritor paraense

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