terça-feira, 9 de março de 2010


Espinhosa missão

Caríssimos leitores, boa tarde.
A redação de editoriais, em qualquer publicação que se preze, e não importa o seu porte, é tarefa da maior responsabilidade. Os grandes jornais, os de circulação nacional, têm equipes de editorialistas, profissionais altamente gabaritados, especializados e treinados nesse tipo de texto. Já nos pequenos, a tarefa cabe, via de regra, ao editor-chefe.
Quem não é do ramo, não valoriza devidamente um editorial. Não sabe que, doutrinariamente, ele reflete a posição oficial da empresa responsável pela publicação. Quem é incumbido dessa tarefa, precisa estar em contato permanente com a diretoria e, não raro, recebe, desta, instruções específicas sobre o que escrever a cada dia.
Fui editorialista em vários jornais em que trabalhei e sempre esse tipo de texto deu-me um “friozinho” na barriga antes de proceder à sua redação. A responsabilidade é imensa e o retorno é “zero”, já que nenhum editorial é assinado. Se for bom, ninguém lhe dará parabéns, porquanto não sabe que foi você que o escreveu e se ocorrerem falhas, você terá sérios problemas com a diretoria do jornal (ou revista) em que trabalha.
Como se vê, redigi-los é, sempre, espinhosa missão, por mais experiente que você seja. Este longo preâmbulo destina-se, somente, a registrar que o presente editorial é o 365° do Literário. Tenho a satisfação de não haver falhado um único dia nessa tarefa o que, em termos de internet, é, por si só, raridade. Abordei praticamente tudo o que se refira a Literatura, como técnicas, divulgação de livros, prêmios, escritores e vai por aí afora.
Busquei, ao máximo, evitar de ser repetitivo. Se o fui (ou quando fui), peço-lhe, querido leitor, que me dê o devido desconto. Por mais que alguém goste de escrever, não é todo dia que está no seu melhor. Somos humanos e, como tal, estamos sujeitos a mal-estar, a mau-humor, a problemas cotidianos de toda a sorte, a crises de criatividade, e a tantas outras coisas que afetam escritores ou não.
Por mais genial que algum indivíduo seja, não conheço um único que seja pelo menos eficiente o tempo todo, quanto mais genial. Os “escorregões” são inevitáveis. Ora é uma informação incompleta, que não foi devidamente verificada, em razão da pressa de se redigir o editorial; ora escapa algum erro de digitação, interpretado por quem lê como desconhecimento de gramática por parte do redator; ora é uma ideia que vai contra a maré reinante e que, por causa dela, o texto passa a ser considerado por muitos como todo “corrompido” (mesmo que não o seja).
Bem diz o vulgo: é “impossível agradar a gregos e troianos”, simultaneamente. Creio, todavia, que levando em conta as limitações de tempo deste Editor, os editoriais, modéstia à parte, ficaram acima da média. Poderiam ser melhores? Evidentemente que sim! Sempre se pode melhorar, mesmo o que já seja bom (e nem sei se este foi o caso). Meu empenho será irrestrito em busca dessa melhoria, na tentativa de conseguir a excelência. Tentarei fazer destes textos irresistíveis chamarizes, para atrair a leitura de todas as colunas do nosso espaço.
Por outro lado, seguirei variando, ao máximo, os assuntos, já que o tema Literatura é praticamente inesgotável. Sempre que oportuno, responderei às consultas de leitores, como fiz ao longo de 365 dias, quando alguém me consultou a propósito de temas exclusivamente literários. Quanto aos políticos, esportivos, econômicos ou de outra natureza, que não seja a das letras, recomendo que se busque o espaço adequado, especializado nisso.
Gostaria de contar com a inestimável colaboração dos freqüentadores do Literário. Continuo batendo na tecla da interatividade, porquanto foi por causa da falta dela que perdemos o espaço nobre com que contávamos no Comunique-se.
A falta de comentários nos vários textos publicados ali, induz\iu os diretores daquele prestigioso portal a concluírem que o Literário não tinha leitores. O contador de acesso, porém, comprova que estavam enganados. Mas que a falta de interatividade é desanimadora, isso, creio, que todos os colunistas e colaboradores concordam.
Sou, porém, paciente. Entendo que seja, apenas, questão de tempo para que vocês percam a inibição e participem plenamente deste espaço, que não é meu, mas de vocês. Sou meramente um administrador, que procura desempenhar seu papel, sua espinhosa missão, da melhor forma possível, com assiduidade e, sobretudo, com responsabilidade. .

Boa leitura.

O Editor.

3 comentários:

  1. Bem, sempre leio os editoriais e quanto tenho algo a acrescentar, comento. Tambám sinto a falta de interatividade, nem todos gostam de expor a opinião abertamente. Beijos!

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  2. Toda vez que comento, volto mais tarde para
    ler o editorial.
    Já fiz disso um hábito. Lembro-me que na
    primeira vez que aqui entrei, me senti um
    pouco intimidada, levei uma surra para conseguir
    deixar um comentário, mas consegui. Desde então
    não parei mais. Mas a primeira vez a gente
    nunca esquece.
    Beijão!

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  3. 365...Parabéns, li todos nos últimos 4 meses, todos muito bons, continue sempre, muitos anos de vida para o LITERÁRIO.

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