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Homilia
* Por Marco Antonio Araujo
eu sou o pó da casa
da família
e faço parte das paredes
da mobília
sou o filho da puta da mãe
sou a filha
desejada do pai bastardo
em vigília
carrego as entranhas de todos
na virilha
e ouço estranhas conversas
homilias
na sala, varanda ou quarto
armadilha
quem vive na minha casa
me humilha
*Jornalista, ex-professor e coordenador de jornalismo da Faculdade Cásper Líbero. Trabalhou nos jornais A Voz da Unidade, do PCB; A Gazeta Esportiva, onde foi diretor de redação e criou as revistas Educação, Língua Portuguesa, Fera! e Ensino Superior.
* Por Marco Antonio Araujo
eu sou o pó da casa
da família
e faço parte das paredes
da mobília
sou o filho da puta da mãe
sou a filha
desejada do pai bastardo
em vigília
carrego as entranhas de todos
na virilha
e ouço estranhas conversas
homilias
na sala, varanda ou quarto
armadilha
quem vive na minha casa
me humilha
*Jornalista, ex-professor e coordenador de jornalismo da Faculdade Cásper Líbero. Trabalhou nos jornais A Voz da Unidade, do PCB; A Gazeta Esportiva, onde foi diretor de redação e criou as revistas Educação, Língua Portuguesa, Fera! e Ensino Superior.
Versos fortes, tanto quanto
ResponderExcluiruma boa bofetada.
Bom pra acordar e ficar alerta.
Adorei!
Abraços
As rezas podem não ser bem comportadas e nem resignadas. Há espaço para recusas, revoltas e outra rebeldias. Bem coloquial e nada moral.
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