
Mudar sempre
Caríssimos leitores do Literário, boa tarde.
As mudanças, no que quer que seja, são sempre saudáveis, mesmo quando signifiquem retrocesso. Não raro, precisamos recuar alguns passos, antes de avançarmos vários outros rumo aos nossos objetivos. Entre outras coisas, elas impedem a danosa acomodação e nos induzem a encontrar novas soluções para novos (e velhos, por que não) problemas.
Nós mudamos continuamente, do berço à tumba, embora sequer nos demos conta. A melhor analogia que se pode fazer, a propósito, é com a água. Estagnada, mesmo que originalmente pura, em três tempos criará bactérias nocivas à saúde, contaminar-se-á, perderá a pureza e tornar-se-á agente de doenças. Corrente, mesmo que originalmente muito poluída, irá se purificando à medida que correr, até se tornar potável e boa.
Escrevi centenas de textos abordando mudanças de todas as espécies e naturezas. Seria, portanto, incoerente se mantivesse o Literário exatamente como está ou como foi na sua origem, embora 40% dos leitores confessem que gostam dele exatamente como é. Penso, no entanto, nos outros 60%. Ou seja, mais da metade dos nossos freqüentadores, que vêem inúmeros defeitos no Literário e cobram soluções.
Não sei se tenho capacidade suficiente para fazer deste espaço o que esse grupo (enorme, como se vê) espera que ele seja. Mas vou tentando. Reitero o que escrevi ontem: posso pecar por ação (e peco muito), mas jamais por omissão.
Sou como um químico maluco que mistura diversas substâncias a esmo. Ou descobre um novo produto e marca seu nome para sempre no rol dos grandes inventores ou explode o laboratório. Para evitar essa “explosão” é que apelo que vocês se manifestem, da maneira que acharem melhor, sobre as mudanças que começamos e continuaremos a fazer.
Não se acanhem. Botem a boca no trombone. Desde que as críticas sejam em alto nível (e se não forem, claro, vão ser solenemente ignoradas), serão aceitas numa boa, mesmo que as ache injustas ou não concorde com elas.
Por exemplo, a utilização de cores na edição do Literário já está dividindo opiniões. Alguns se manifestam dizendo que preferiam a sobriedade anterior (eu também preferia). Outros, em contrapartida, acham que as cores facilitam a leitura. Prevalecerá a opinião da maioria. Não tenho o menor escrúpulo em “modificar as mudanças”, se assim posso me expressar, se isso for o mais conveniente a fazer.
Nos próximos dias, prometo outras novidades. Teremos, por exemplo, outros quatro colunistas novos, que virão se juntar aos tradicionais e substituir aqueles que não demonstram o menor interesse em manter suas colunas.
Não posso, claro, obrigar ninguém a participar deste espaço e me enviar, semanalmente, textos sem nenhuma remuneração. E se pudesse, certamente não o faria. O Literário é para quem gosta de escrever e o faz com paixão, com alma, com garra, com regularidade e responsabilidade. Amanhã, estrearei nova seção, sobre a qual comentarei oportunamente. E outras virão na sequência. Se derem certo, serão mantidas. Caso contrário...
Já mudamos demais desde a primeira edição, a de 27 de março de 2006. Originalmente, este espaço era destinado exclusivamente a jornalistas e estudantes de jornalismo que escrevessem reportagens utilizando-se de instrumentos da Literatura. Hoje, embora abrigue esses companheiros, não tem mais essa característica. É destinado, basicamente, a escritores, consagrados ou novatos (principalmente) e a estudantes de letras.
Embora haja leitores que preferissem a fórmula anterior, a do Comunique-se – aquela sim quadrada e sem criatividade, com tipologia antiquada, monocromática, sem ilustrações, sem vinhetas e sem nenhum recurso gráfico (respeito-os, afinal, gosto é gosto) – quem avalia nosso visual atual com isenção e objetividade, por mais má vontade que tenha em relação a este editor (e reitero o que escrevi ontem, é impossível agradar simultaneamente a gregos e troianos), há de convir que evoluímos, e bastante. E com a sua ajuda, querido leitor que está comprometido de fato com o Literário, evoluiremos muito mais.
É possível que venhamos a claudicar e recuar alguns passos. Isso às vezes acontece. E se acontecer, espero que ninguém estranhe. Mas não seremos, jamais, uma água parada a criar miasmas, impurezas e perigosas bactérias. Seremos um ribeirão corrente e dinâmico, que sempre se renova e se purifica, mesmo que seja poluído em sua origem. Mudamos e mudaremos sempre!
Boa leitura.
O Editor.
Caríssimos leitores do Literário, boa tarde.
As mudanças, no que quer que seja, são sempre saudáveis, mesmo quando signifiquem retrocesso. Não raro, precisamos recuar alguns passos, antes de avançarmos vários outros rumo aos nossos objetivos. Entre outras coisas, elas impedem a danosa acomodação e nos induzem a encontrar novas soluções para novos (e velhos, por que não) problemas.
Nós mudamos continuamente, do berço à tumba, embora sequer nos demos conta. A melhor analogia que se pode fazer, a propósito, é com a água. Estagnada, mesmo que originalmente pura, em três tempos criará bactérias nocivas à saúde, contaminar-se-á, perderá a pureza e tornar-se-á agente de doenças. Corrente, mesmo que originalmente muito poluída, irá se purificando à medida que correr, até se tornar potável e boa.
Escrevi centenas de textos abordando mudanças de todas as espécies e naturezas. Seria, portanto, incoerente se mantivesse o Literário exatamente como está ou como foi na sua origem, embora 40% dos leitores confessem que gostam dele exatamente como é. Penso, no entanto, nos outros 60%. Ou seja, mais da metade dos nossos freqüentadores, que vêem inúmeros defeitos no Literário e cobram soluções.
Não sei se tenho capacidade suficiente para fazer deste espaço o que esse grupo (enorme, como se vê) espera que ele seja. Mas vou tentando. Reitero o que escrevi ontem: posso pecar por ação (e peco muito), mas jamais por omissão.
Sou como um químico maluco que mistura diversas substâncias a esmo. Ou descobre um novo produto e marca seu nome para sempre no rol dos grandes inventores ou explode o laboratório. Para evitar essa “explosão” é que apelo que vocês se manifestem, da maneira que acharem melhor, sobre as mudanças que começamos e continuaremos a fazer.
Não se acanhem. Botem a boca no trombone. Desde que as críticas sejam em alto nível (e se não forem, claro, vão ser solenemente ignoradas), serão aceitas numa boa, mesmo que as ache injustas ou não concorde com elas.
Por exemplo, a utilização de cores na edição do Literário já está dividindo opiniões. Alguns se manifestam dizendo que preferiam a sobriedade anterior (eu também preferia). Outros, em contrapartida, acham que as cores facilitam a leitura. Prevalecerá a opinião da maioria. Não tenho o menor escrúpulo em “modificar as mudanças”, se assim posso me expressar, se isso for o mais conveniente a fazer.
Nos próximos dias, prometo outras novidades. Teremos, por exemplo, outros quatro colunistas novos, que virão se juntar aos tradicionais e substituir aqueles que não demonstram o menor interesse em manter suas colunas.
Não posso, claro, obrigar ninguém a participar deste espaço e me enviar, semanalmente, textos sem nenhuma remuneração. E se pudesse, certamente não o faria. O Literário é para quem gosta de escrever e o faz com paixão, com alma, com garra, com regularidade e responsabilidade. Amanhã, estrearei nova seção, sobre a qual comentarei oportunamente. E outras virão na sequência. Se derem certo, serão mantidas. Caso contrário...
Já mudamos demais desde a primeira edição, a de 27 de março de 2006. Originalmente, este espaço era destinado exclusivamente a jornalistas e estudantes de jornalismo que escrevessem reportagens utilizando-se de instrumentos da Literatura. Hoje, embora abrigue esses companheiros, não tem mais essa característica. É destinado, basicamente, a escritores, consagrados ou novatos (principalmente) e a estudantes de letras.
Embora haja leitores que preferissem a fórmula anterior, a do Comunique-se – aquela sim quadrada e sem criatividade, com tipologia antiquada, monocromática, sem ilustrações, sem vinhetas e sem nenhum recurso gráfico (respeito-os, afinal, gosto é gosto) – quem avalia nosso visual atual com isenção e objetividade, por mais má vontade que tenha em relação a este editor (e reitero o que escrevi ontem, é impossível agradar simultaneamente a gregos e troianos), há de convir que evoluímos, e bastante. E com a sua ajuda, querido leitor que está comprometido de fato com o Literário, evoluiremos muito mais.
É possível que venhamos a claudicar e recuar alguns passos. Isso às vezes acontece. E se acontecer, espero que ninguém estranhe. Mas não seremos, jamais, uma água parada a criar miasmas, impurezas e perigosas bactérias. Seremos um ribeirão corrente e dinâmico, que sempre se renova e se purifica, mesmo que seja poluído em sua origem. Mudamos e mudaremos sempre!
Boa leitura.
O Editor.
Pedro
ResponderExcluirAdoro mudanças. Acho-as bem-vindas. Só pra você ter uma ideia: se eu pudesse, morava em um trailer...Assim haveria sempre uma nova paisagem diante dos meus olhos.
Abraços
Pedro, 2 coisas:
ResponderExcluir1. É comovente o seu trabalho.
2. Você não vai envelhecer nunca.
Li, mas hoje vou ficar bem caladinha.
ResponderExcluirPedro, acho incrível sua boa vontade e, honestamente, para mim está tudo ótimo! Forte abraço e excelente 2010!
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