terça-feira, 19 de janeiro de 2010




O sangue da vindima

* Por Talis Andrade

Pousa tua mão
no meu coração,
o coração ferido
por certeiros dardos.

Pousa os lábios
nos meus olhos,
olhos salgados
pelo túrbido mar.

Não precisas temer
o roxo da vindima
te manche as vestes brancas.
A intensidade do prazer
só uma dor antiga
pode aquilatar.
Uma dor antiga:
o coração ferido
por certeiros dardos

(Do livro “Romance do Emparedado”, Editora Livro Rápido – Olinda/PE).


* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).

Um comentário:

  1. O coração...sempre uma vítima em potencial
    mas capaz de se refazer sempre.
    Abraços

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