Os olhos de Mara
* Por
Talis Andrade
Quem
reclama dos garranchos dos receituários, não deve esquecer que a
literatura portuguesa registra a presença de médicos escritores e
poetas. Caso de Jorge de Lima, biografado por Moacir Japiassu no
romance Quando
Alegre Partistes.
Veja que beleza de texto. Veja como Mara Narciso começa seu
aconselhamento Caminhar
para poder ver o mundo:
”Assim
como há o lado oculto da lua, há também o lado cego das pessoas.
A civilização ocidental neurotizada não caminha, corre não se
sabe bem para onde, mas, desconfia-se, para a própria ruína, e
assim, desenvolveu uma cegueira para algumas coisas. Quem não anda
a pé não tem como enxergar as trivialidades da cidade”.
*
Jornalista,
poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em
História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como
a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do
Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A
República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o
recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).
Obrigada, Tales.
ResponderExcluirGostei do comentário do professor e jornalista. Afinal ser HUMANO já nasce com seus sentidos ocultos. Faz laboratório nesta visão do enxergar e cega dita trivialidade da cidade urbana. É o mundo que vivemos.
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