quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Infeliz Ano Novo

* Por Raul Longo

Evidente que isso não é um desejo. É uma constatação.

O futuro se constata pelo presente assim como o presente resulta do passado.

Se 2017 foi ainda pior do que 2016 que foi muito pior do que quando de manhã à noite diziam que havia uma crise e todos viajavam, compravam, presenteavam, iam para bares e restaurantes reclamar da crise que ouviam dizer; é porque só tornará a acontecer um feliz ano novo quando se aprender que a realidade é o que se vive, não o que se ouve dizer seja por quem ou por onde for.

Espero que os que não mais viajam, não mais compram, não mais presenteiam; voltem para os bares e restaurantes durante 2018.

Voltem para as ruas e para suas barulhentas panelas para acordar a todos que ainda não perceberam a evidência de que é a mentira o que se repete de manhã à noite até que pareça verdade.

Isso é o que desejo que aconteça desde o dia 1º de janeiro para poder desejar a todos um feliz 2019.

*Raul Longo é jornalista, escritor e poeta. Mora em Florianópolis e é colaborador do “Quem tem medo da democracia?”, onde mantém a coluna “Pouso Longo”.


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