As
fascinantes diferenças sexuais entre gregos e romanos
* Por
Rosana Hermann
Os
romanos tinham um jeito peculiar de fazer promessas. Quando um homem
queria pronunciar um juramento, colocava sua mão sob as coxas do
outro e prometia ser leal e fiel. Também entre os judeus há relatos
bíblicos de juramentos selados com a colocação da mão masculina
sobre o membro de outro homem.
Dito
assim, pode parecer estranho, mas não é. Numa época pré-cristã
em que o membro masculino era tido, com todo mérito, como algo
divino, capaz de gerar novas vidas, jurar com a mão sobre o
testículo de outrem era como jurar por Deus. Na verdade, vem daí a
palavra testemunhar,
isto é, colocar a mão sobre os testículos.
Os
gregos não juravam assim, mas tinham uma relação muito natural com
o corpo humano, especialmente, o masculino, presente na palavra
ginásio.
O
ginásio esportivo de Atenas, na Grécia antiga, chamado gymnasium,
deriva da palavra gmnos,
que
significa nu. Era assim que os gregos faziam esportes, totalmente
pelados.
Nos
ginásios gregos aconteciam também as relações entre homens mais
velhos e rapazes mais jovens, que deram origem a um crime nos nossos
dias a pederastia. Para os grego, era um processo de aprendizado, uma
forma de passar virtudes masculinas como coragem, força, justiça e
honestidade. O amante mais velho era chamado erastes,
de onde vem pederasta, que passava por relações anais seus
ensinamentos para o aluno mais jovem.
Para
os romanos, essa história de passar virtudes por penetração anal
estava fora de cogitação. Um romano não admitia ser penetrado e
ponto final. Esse tipo de experiência sexual era considerado
muliebria
pati,
ou seja, coisa de mulher. De onde já vemos que mulher vem daí,
muliebria.
Os
romanos mais velhos viam os garotos mais jovens como viri,
homens,
o mesmo viri
que
hoje encontramos em virilidade.
Mas
há coisas ainda mais incríveis no aprendizado das diferenças de
postura sexual entre homens gregos e romanos. Enquanto os jovens
gregos podiam ser penetrados por seus mestres, os jovens romanos
buscavam a virilidade. Para lembrar disso, usavam no pescoço, um
pequeno amuleto, como uma cápsula, contendo uma réplica de um
pênis ereto. O estojo que continha o pênis era chamado bulla.
E a réplica do pênis era chamada fascinum.
Exatamente, a origem do sinônimo de atração irresistível, uma
explicação que por si só já mostra como na civilização
greco-romana, o sexo era de fato, fascinante.
Só
falta agora dizer que já não se faz mais sexo como antigamente....
*Rosana
Hermann é Mestre em Física Nuclear pela USP de formação, escriba
de profissão, humorista por vocação, blogueira por opção e,
mediante pagamento, apresentadora de televisão.
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