segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Licença


* Por Núbia Araujo Nonato do Amaral


Desenterras a folha morta,
chapinhas como criança na
poça de água suja.
Recitas em voz alta a poesia
inerte.
Ressuscitas no coração de
quem já desistiu, uma ponta
de esperança.
A janela antes lacrada liberta
os gemidos de uma engrenagem
enferrujada onde o sol impaciente
penetra sem pedir licença.

 * Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário


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