quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

O sentido da vida


* Pe. Inácio José do Vale


O sentido da vida sempre preocupou a humanidade. “Por que vivo?”, “Qual a razão da vida”, “Qual o objetivo de viver?”. O grande filósofo grego Aristóteles já perguntava: “Por que estamos aqui”?

Mary Roberts Rinehart disse sobre o sentido da vida: “Um pouco de trabalho, um pouco de sono, um pouco de amor, e tudo acabou”.

Edmund Cooke afirmou: “Nunca vivemos, mas sempre temos a expectativa da vida”.

William Colton: “A alma vive aqui como numa prisão e é liberta apenas pela morte”.

Douglas R. Campbell: “Viver é um corredor empoeirado, fechado de ambos os lados.”

Antoine de Rivarol: “Viver significa pensar sobre o passado, lamentar sobre o presente e tremer diante do futuro”.

Charles Chaplin:  “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios… Por isso, cante, dance, ria… e viva intensamente cada minuto de sua vida… antes que a cortina se feche, e a peça termine sem aplausos”.

O célebre William Shakespeare: “Viver é uma sombra ambulante”.

Será que todas essas não são afirmações bastante amargas e desanimadoras sobre o sentido da vida? Parece que todos falam apenas de existir e não de viver verdadeiramente.

Nosso Senhor Jesus Cristo tocou no âmago da questão ao afirmar: “Eu sou… a vida” (Jo 14,6). Por isso o apóstolo São Paulo escreveu sobre o sentido da sua vida: “Portanto, para mim o viver é Cristo” (Fl 1, 21). Por isso, também o apóstolo São João começou sua primeira epístola com as palavras: “O que era desde o princípio, o que temos ouvido o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao verbo da vida (e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho, e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada)” (1 Jo 1,1-2).

Na tormenta da vida muita gente questiona: “Qual o significado da vida, quando ela se torna amarga e cruel?” Sem Jesus Cristo, a vida é efêmera, superficial, marginal, virtual e infernal. A vida sem a fé e graça de Cristo é toda tomada pelas trevas. O mundo engana a vida com falsos prazeres e o resultado é, no máximo, um “sucesso vazio”, um “esquecimento” como lágrimas que se perdem na chuva. Tudo se esvai no final como areia entre os dedos.

Por isso, damos ouvidos à voz do Senhor Jesus, que resume o sentido da vida numa única frase: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17,3).

 O PAPA FRANCISCO E A VIDA DE MISERICÓRDIA

 O vice-diretor do L’osservatore Romano, Carlo Di Circo escreve: “O Papa Francisco exorta a aprender a discernir os acontecimentos da vida e as respostas mais apropriadas para curar. O Papa Francisco impele a Igreja a respirar o evangelho, afirmando no serviço pastoral o primado da misericórdia”. Ensina O Papa Francisco: “Uma bela homilia, uma verdadeira homilia, deve começar com o primeiro anúncio da salvação. Depois deve fazer-se uma catequese, mas o anúncio do amor salvífico de Deus precede a obrigação moral e religiosa”. “Os ministros da Igreja devem ser misericordiosos. O povo de Deus quer pastores e não funcionários ou clérigos de Estado”. “Temos necessidades de reconciliação e de comunhão; e a Igreja é uma casa de comunhão” (L’osservatore Romano, 29/09/2013, pp.18,19 e 24).

Realmente, precisamos de sacerdotes que façam o povo encontrarem o real e sagrado sentido da vida no teor de homilias tomadas de paixão, bondade e salvação das almas! O verdadeiro sentido da vida está na misericórdia do Bom Pastor!

 Com certeza, o nosso povo quer sacerdotes educados, amorosos, prestativos, mansos, humildes, samaritanos, santos e etnólogos.

* Inácio José do Vale é padre católico



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