terça-feira, 6 de outubro de 2015

Filhas de Eva


* Por Eduardo de Oliveira Freire


...foge no meio da madrugada com os filhos, para fugir da violência do marido...

...está radiante na noite de autógrafos por publicar seu primeiro romance, depois de batalhar arduamente como freela em tradução e jornalismo...

...tem gana de viver. Ferida e sonhos violados num beco, se levanta e não olha para trás...

...larga os filhos e o marido para viver uma grande paixão, um antigo amante da juventude...

...olha pela janela do foguete a imensidão do universo. Emociona-se é a primeira brasileira a ir à lua...

... sozinha no quarto põe a mão no ventre vazio. Mesmo destroçada tem convicção que fez o certo...

...cansada de tanto pintar e surgir inspiração depois de anos de infertilidade, adormece com um cigarro aceso. O ateliê fica em chamas. Nesse dia sonhou que estava à deriva no oceano...

...nunca pôde andar e ter filhos, mas sua alegria é imensa e contagia a todos...

* Eduardo Oliveira Freire é formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense, está cursando Pós Graduação em Jornalismo Cultural na Estácio de Sá e é aspirante a escritor

Um comentário:

  1. Cenas fortíssimas, Eduardo. Frases que são verdadeiros socos no estômago. Sua escrita amadureceu. Parabéns!

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