segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Desencanto


* Por Talis Andrade


Este fastio este desconforto
em ver a fêmea nua dormindo
na nossa cama o sexo exposto
Este despudor de quem perde
o mistério de ser a eterna musa
que o poeta venerou em versos
A vida este abuso este desacato
a tudo que é belo este asco
do cheiro costumeiro de sexo
que impregna o quarto

* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).


Um comentário:

  1. "Depois do amor o meu conforto". O depois do amor virou desconforto, quando colocado lado a lado com a idealização.

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