domingo, 25 de outubro de 2015

Noite-menina

* Por Márcio Juliboni

  
(Para Pablo Uchoa)

Agora que o último acorde
já dorme no fundo do violão
e as vozes amigas não borbulham com a cerveja,
os poetas modernos saem às ruas
brindando loucuras com versos de neon,
e as estrelas maduras
guiam uma noite-menina pela mão,
enquanto o silêncio do apartamento
conversa pausadamente com a solidão
daquele que não se atreve
a tocar a última canção,
porque os acordes já dormem
no fundo do violão.

*Jornalista, cobre Economia e Negócios no portal Exame. Trabalhou no serviço de notícias online, “Panorama Setorial”, do jornal Gazeta Mercantil, na Agência Estado e em várias revistas segmentadas. Iniciou a carreira na grande imprensa em 2000.




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