Copa das Confederações
* Por Roberto Corrêa
O futebol, esporte das multidões, chegou ao fastio, tantos os jogos,
campeonatos, noticiários, etc. etc. Está aí essa tal Copa das Confederações
que, paradoxalmente, ainda apresentará o estádio cheio para a finalíssima de
Brasil x Espanha..Queira Deus que o Brasil não perca, porque nessa hipótese, os
torcedores fanáticos de dentro do estádio se juntarão com os de fora (o pessoal
revoltado com as reivindicações que estão fazendo faz mais de uma semana) e a
violência poderá ser muito grande.
Essa Copa está servindo para demonstrar que todo o excesso é prejudicial
e, na verdade, foi a gota dágua para extravasar sentimentos exprimidos ou
adormecidos no fundo dalma dos cidadãos. Essas “copas” que sempre se
apresentaram como festivas, no caso brasileiro está motivando mais
extravasamento e revolta, de modo que até a nossa Presidente não deverá
comparecer, para evitar as tremendas vaias, como ocorreu na partida de
abertura.Agora, paro,pois sou chamado para o almoço.
Volto a escrever na segunda feira e, como já estava prevendo ontem,
acredito por “mil e estranhas maravilhas” que a Espanha fez um jogo
“amolecido.” Pois, quem entende um pouco de futebol, notou logo no gol do
começo do jogo, o goleiro espanhol não se esforçou muito para segurar ou
desviar a bola.
Depois, em outra jogada importante, chutaram um pênalti para fora e em
nova oportunidade de fazer um belo gol o avante espanhol deu um chutaço para
cima, dando chance para o defensor brasileiro ainda conseguir desviar a bola.
Enfim, na situação atual, a grandiosidade da vitória brasileira valeu para
arrefecer as agressivas manifestações fora de campo e assim tudo continuar como
antes no quartel de Abrantes.
A vitória assegura a realização da próxima Copa Mundial de 2014, aqui no
Brasil, desde há muito tempo conclamada. O povão, todavia, parece mais
confiante que esse preâmbulo de reivindicações de rua, acontecido em época tão
especial e festiva produza frutos positivos, necessários e tão aguardados.
Vamos aguardar também que o calendário futebolístico seja mais amenizado,
fazendo com que não sejamos intoxicados com o excesso de jogos desse fabuloso
esporte que sempre foi a paixão da maioria dos brasileiros.
* Roberto Corrêa é sócio do Instituto dos Advogados de São Paulo, da
Academia Campineira de Letras e Artes, do Instituto Histórico, Geográfico e
Genealógico, de Campinas, e de clubes cívicos e culturais, também de Campinas.
Formou-se pela Faculdade Paulista de Direito da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo. Fez pós-graduação em Direito Civil pela USP e se
aposentou como Procurador do Estado. É autor de alguns livros, entre eles
"Caminhos da Paz", "Direito Poético", "Vencendo
Obstáculos", "Subjugar a Violência”, Breve Catálogo de Cultura e
Curiosidades, O Homem Só.
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