sábado, 10 de abril de 2010


Prosopopéia

(A Carlos Pena)

*Por José Calvino de Andrade Lima

Ontem entre o Paço,
A avenida Guararapes,
Este poema nasceu
Pelos bares e cafés.

Sem fazer apologia
As conversas facilitadas
Pela bebida, eu digo:
Viva a filosofia de mesa de bar.

Fui no Canto do Poeta,
Onde é uma espécie
De pequeno Museu
Em homenagem ao grande Poeta.

Estava lá o fantoche
Do poeta do azul,
Carlos Pena Filho.

Sentado à mesa
Numa prosopopéia
O inanimado se movimentou
E o discurso veemente
Cheio de ímpeto e ardor
O poeta recitou:

“...Por isso no bar Savoy,
O refrão tem sido assim:
São trinta copos de chope,
São trinta homens sentados,
Trezentos desejos presos,
Trinta mil sonhos frustrados”.

* Formado em comunicações internacionais, escritor, teatrólogo, poeta, compositor, membro da União Brasileira de Escritores, UBE-PE e rei do Maracatu Barco Virado.Como escritor e poeta, tem trabalhos publicados nos jornais: Diário de Pernambuco, Jornal do Commercio, Folha de Pernambuco e em vários sites...Tem 11 títulos publicados, todas edições esgotadas. Em 2007, integrou-se na Antologia (Poetas Independentes).

7 comentários:

  1. Verdade verdadeira, sem tirar nem por. Em minutos as dores do mundo são todas resolvidas.

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  2. Que beleza de poesia, Calvino! Deu-me uma saudade do Savoy- aonde jamais fui, do poeta Carlos Pens Filho, que jamais conheci- e de um tempo que não vivi, mas que se resume em: saudade, muita saudade do Recife.

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  3. Corrigindo: Carlos Pena Filho.
    Desculpe-me!

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  4. Observação:
    Falha do google, essa é a estátua do compositor Capiba representado na Rua do Sol.
    A do poeta Carlos Pena, na Preça da Independência (Circuito da Poesia).
    Obrigado, poetas!

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  5. Digo: Praça da Independência.
    Abraços recifenses do,

    Calvino
    Recife

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  6. Calvino,
    Você é mesmo o poeta e historiador das ruas, praças, bares e recantos tradicionais da capital de Pernambuco.
    Sabe como narrar as histórias, as cenas da gente da nossa Recife.
    Ótima poesia!
    Abraços. Paulo.

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  7. Linda, Calvino! É uma prosopopéia que você encarna o espírito do poeta Carlos Pena Filho. Me lembrei quando ia ao então Savoy.
    Palmas para o Calvino!!!

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