Rômulo Paes
* Por Marcos Alves
Rômulo Coimbra Tavares Paes (1918-1982), ou “o Lupicínio Rodrigues de Belo Horizonte”, como o chamava o compositor Gervásio Horta foi advogado, poeta, compositor, cantor, jornalista, radialista, produtor cultural, líder sindicalista, e também vereador da capital mineira.
Compositor nascido em Paraguaçu, no estado de Minas Gerais, Rômulo Paes é autor de inúmeras canções, em especial marchinhas de carnaval. Um monumento em sua homenagem, no cruzamento da Avenida Álvares Cabral com a Rua da Bahia, em BH, traz gravada a frase imortalizada em uma de suas composições:
“A minha vida é esta, subir Bahia e descer Floresta”
O monumento foi doado pela Usiminas à Prefeitura de Belo Horizonte em junho de 1995.
[Assista no You Tube (http://www.youtube.com/watch?v=hv1cCL4-HYA) o cantor Léo Diniz interpretando "Subindo Bahia,descendo floresta" , em show no Teatro Casanova, em Belo Horizonte].
Rômulo Paes fez parcerias com grandes nomes, como Ary Barroso, Valdomiro Lobo e Adoniran Barbosa. Teve músicas gravadas por artistas muito conhecidos no rádio, como Marlene e Dircinha Batista; e descreveu de forma única a vida em Belo Horizonte – cidade onde viveu a maior parte da vida.
Ficou na história como um grande freqüentador da noite belorizontina, especialmente das casas noturnas e cafés estabelecidos em eixos que atravessam o centro, desde o local do seu monumento até os bares da Lagoinha, e do Mercado Central até as imediações do bairro da Floresta.
Outra criação de Paes, desconhecida de muita gente, é o apelido dado a um prato servido na madrugada no tradicional Café Palhares, no centro da capital mineira: o Kaol. Na verdade trata-se de uma “sigla” para resumir os ingredientes: cachaça, arroz, ovo e lingüiça.
As obras de Rômulo Paes, que incluem baião, foxtrot, marchinha, samba e toada, foram co-escritas por grandes nomes, como os de Adoniran Barbosa, Haroldo Lobo e Moreira da Silva, e gravadas por gente competente e famosa, como Dircinha Batista, Luiz Gonzaga e Orlando Silva.
Tendo iniciado sua carreira de cantor de rádio em 1935, mais tarde Paes se tornaria diretor artístico da Rádio Guarani e diretor geral da Rádio Mineira, tendo lançado artistas de destaque, como Dalva de Oliveira. Alguns dos seus maiores sucessos, registrados na história da música popular brasileira, são as marchas “Já comi, já bebi”, “Galinha carijó”, e “Minha Belo Horizonte”, de 1957; e “Rua da Bahia,” lançada no Carnaval de 1962.
A lembrança é porque Paes é meu conterrâneo, mas um completo desconhecido em nossa terra natal, Paraguaçu. Mais uma prova de que, no Brasil, memória é algo que praticamente não existe.
*Jornalista, www.marcos-alves.blogspot.com
* Por Marcos Alves
Rômulo Coimbra Tavares Paes (1918-1982), ou “o Lupicínio Rodrigues de Belo Horizonte”, como o chamava o compositor Gervásio Horta foi advogado, poeta, compositor, cantor, jornalista, radialista, produtor cultural, líder sindicalista, e também vereador da capital mineira.
Compositor nascido em Paraguaçu, no estado de Minas Gerais, Rômulo Paes é autor de inúmeras canções, em especial marchinhas de carnaval. Um monumento em sua homenagem, no cruzamento da Avenida Álvares Cabral com a Rua da Bahia, em BH, traz gravada a frase imortalizada em uma de suas composições:
“A minha vida é esta, subir Bahia e descer Floresta”
O monumento foi doado pela Usiminas à Prefeitura de Belo Horizonte em junho de 1995.
[Assista no You Tube (http://www.youtube.com/watch?v=hv1cCL4-HYA) o cantor Léo Diniz interpretando "Subindo Bahia,descendo floresta" , em show no Teatro Casanova, em Belo Horizonte].
Rômulo Paes fez parcerias com grandes nomes, como Ary Barroso, Valdomiro Lobo e Adoniran Barbosa. Teve músicas gravadas por artistas muito conhecidos no rádio, como Marlene e Dircinha Batista; e descreveu de forma única a vida em Belo Horizonte – cidade onde viveu a maior parte da vida.
Ficou na história como um grande freqüentador da noite belorizontina, especialmente das casas noturnas e cafés estabelecidos em eixos que atravessam o centro, desde o local do seu monumento até os bares da Lagoinha, e do Mercado Central até as imediações do bairro da Floresta.
Outra criação de Paes, desconhecida de muita gente, é o apelido dado a um prato servido na madrugada no tradicional Café Palhares, no centro da capital mineira: o Kaol. Na verdade trata-se de uma “sigla” para resumir os ingredientes: cachaça, arroz, ovo e lingüiça.
As obras de Rômulo Paes, que incluem baião, foxtrot, marchinha, samba e toada, foram co-escritas por grandes nomes, como os de Adoniran Barbosa, Haroldo Lobo e Moreira da Silva, e gravadas por gente competente e famosa, como Dircinha Batista, Luiz Gonzaga e Orlando Silva.
Tendo iniciado sua carreira de cantor de rádio em 1935, mais tarde Paes se tornaria diretor artístico da Rádio Guarani e diretor geral da Rádio Mineira, tendo lançado artistas de destaque, como Dalva de Oliveira. Alguns dos seus maiores sucessos, registrados na história da música popular brasileira, são as marchas “Já comi, já bebi”, “Galinha carijó”, e “Minha Belo Horizonte”, de 1957; e “Rua da Bahia,” lançada no Carnaval de 1962.
A lembrança é porque Paes é meu conterrâneo, mas um completo desconhecido em nossa terra natal, Paraguaçu. Mais uma prova de que, no Brasil, memória é algo que praticamente não existe.
*Jornalista, www.marcos-alves.blogspot.com
Embora detentor de grandes feitos, eu desconhecia o ompositor Paes. Como gosto muito de Belo Horizonte, fui correndo ler o texto e fiquei grata em ser apresentada a Rômulo Paes. Mesmo que de forma tardia, vejo que tenta fazer uma reparação e lhe fazer justiça.
ResponderExcluirerrata: compositor
ResponderExcluirRealmente, Mara. Pelo alcance da obra, Rômulo merece mais visibilidade...Aqui em BH, vez por outra ele é citado e reverenciado, mas fora daqui, quase nada. É pouco diante da importância dele como compositor. Se você já gostou, me sinto recompensado pela iniciativa.
ResponderExcluir