sexta-feira, 27 de novembro de 2009


Esclarecimento que se impõe

Caros leitores, boa tarde.
A crítica, quando bem fundamentada e objetiva, é sempre bem-vinda. Ajuda a situar-nos, a mostrar onde estamos, se estamos procedendo com correção ou se temos defeitos visíveis, que não enxergamos, que devam e possam ser corrigidos.
Todavia, quando é vaga, é subjetiva e não aponta com precisão o que no entender do crítico merece ser criticado, é sumamente irritante. Pode ser encarada (e de fato é por muitos) como provocação para briga. E neste caso, se seu autor não se acautelar, pode se dar muito mal.
Este nosso papo diário no início das edições é elogiado por muitos e criticado por alguns. As críticas pertinentes são, obviamente, acatadas e os pontos falhos apontados são corrigidos na medida do possível.
Contudo, alerto, não aceito, em hipótese alguma, determinadas considerações que considero inoportunas, quando não agressões veladas. Não sou humilde, segundo o critério do vulgo, ou seja, no sentido de baixar a cabeça para qualquer um que me faça restrições, sem sequer saber o que fala. Há quem se meta a senhor da razão sem conhecimento de causa. Sem conhecer minha biografia, minha trajetória de vida, meus pensamentos e sentimentos, em suma, sem conhecer absolutamente nada a meu respeito.
Como alguém pode criticar quem quer que seja nessas circunstâncias? Acima da humildade, coloco o amor próprio. Afinal, não é este o parâmetro apontado por Jesus Cristo para amarmos alguém? Ele não ordenou “ame o próximo como a si mesmo”? Permitir que alguém nos critique sem fundamento, com o objetivo ostensivo de nos humilhar e ridicularizar publicamente, não é, nunca foi e jamais será humildade. É burrice. É covardia. Na melhor das hipóteses, é hipocrisia.
Não aceito críticas, por exemplo, do tipo “seu texto é chato”. Chato no quê? Seja específico. Dê exemplo de como fazer para torná-lo vivo, alegre, atraente e ainda assim inteligente e reflexivo. Não aceito comparações, do tipo “escreva como fulano”. Este pode, de fato, escrever melhor do que eu (ou não). Mas cada qual tem seu estilo, baseado em sua cultura, sua experiência de vida, suas leituras etc.
Isto não é crítica, repito. É provocação para briga. E um dos meus maiores defeitos (ou virtudes, sei lá) é ser briguento. Quando estou convicto de estar com a razão, não cedo um milímetro de terreno a ninguém. Isto não é ser arrogante. É ter personalidade.
Os que criticam estes editoriais (pouquíssimos) usam, como principal argumento o fato de eu repetir assuntos. E daí?!!! Aqui cabe outro esclarecimento. Estes textos não têm a pretensão de serem ensaios literários, filosóficos, psicológicos ou seja lá do que for. São mero papo descontraído e descompromissado com você, que me honra com sua assiduidade. Posso escrever o que me der na veneta, desde que respeite o bom-senso, a moral e os bons costumes. E a correção da linguagem, claro.
Detesto de verdade estes editoriais. Faço-os, apenas, porque o layout da página exige um texto introdutório para cada edição. Faço-os para atender pedido dos que imprimem diariamente o Literário, para distribuí-lo entre os amigos, como uma “revista” diária de Literatura. Já ensaiei muitas vezes sua suspensão. Esses abnegados colaboradores, porém, rogaram que não o fizesse. E eles sim, pelo tanto que contribuem para a nossa divulgação, têm moral para não apenas pedirem qualquer coisa, mas até para darem “ordens”.
Se você gosta destes editoriais, terá que continuar gostando do jeitinho que eles são. Não mudarei sua forma em nada apenas porque uma ou duas pessoas lhes fizeram restrições. E se você não gosta, faça um favor a este Editor (e a você próprio, pois se criticar sem fundamento pode estar comprando uma briga pra lá de indigesta): não leia. Passe batido e vá logo para os textos dos colunistas. O mesmo vale em relação às minhas duas colunas semanais (e são duas por solicitação expressa da imensa maioria dos leitores, e não por vaidade pessoal, o que posso comprovar com os e-mails que tenho em meu poder).
Se você, meu crítico feroz e contumaz não gosta do que escrevo, azar o seu. Está perdendo preciosa oportunidade de se esclarecer, e de graça. Por favor, não me leia nunca mais, até para evitar de receber respostas na medida das suas críticas. Milhares de outras pessoas, certamente, lerão, aprovarão meus textos e pedirão bis. Para a sua infelicidade, você não é dono da verdade.

Boa leitura.

O Editor.

3 comentários:

  1. Boa tarde Pedro



    Um blog é como uma casa, há que se pedir licença
    para entrar e esperar a vez para "falar". E, se tudo isso for feito com respeito e bem fundamentado, então que venham...
    Mas, se não der para ser assim...psiuuuuuuu, silêncio...
    beijos

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  2. Sou a favor da permanência dos editoriais. Considero-os provocadores de discussão, e também divulgadores da cultura. Não gosto de todos, mas não chego ao final da página sem ser tocada por eles. Você sabe que isso é elogio. Repetem temas, mas diversificam mais do que se vê reprise. Mesmo assim, a abordagem tem sido sempre diferente. Embora coloquial, a leitura pode não ser leve. De qualquer modo, se pode mudar o canal da TV. Ou saltear na hora da leitura. Os que discordam, manifestem-se ordeiramente.

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  3. Agora voce está, gozando na calça e nas páginas do literário. ka ka ka
    FELIZ NATAL

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