domingo, 1 de fevereiro de 2015

Apenas rastros


* Por Pedro J. Bondaczuk



Sutis pegadas de pés na areia
da praia do Tempo, extensa e rude...
A ilusão do “eterno” incendeia
a mente, despida de atitude.

Sou mortal, efêmero e sem rumo.
Sou frágil, perecível e humano,
mas reluto, nego e não assumo
minha insignificância. Que engano,

que tolice, quanta ingenuidade,
tentar desbravar a eternidade
quando o tempo de vida escasseia!

Afinal, caio na realidade:
de mim restarão, creia ou não creia,
tão só rastros dos meus pés na areia!

* Jornalista, radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de Campinas (atual Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do Diário do Povo e do Correio Popular onde, entre outras funções, foi crítico de arte. Em equipe, ganhou o Prêmio Esso de 1997, no Correio Popular. Autor dos livros “Por uma nova utopia” (ensaios políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance Fatal” (contos), “Cronos & Narciso” (crônicas), “Antologia” – maio de 1991 a maio de 1996. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 49 (edição comemorativa do 40º aniversário), página 74 e “Antologia” – maio de 1996 a maio de 2001. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 53, página 54. Blog “O Escrevinhador” – http://pedrobondaczuk.blogspot.com. Twitter:@bondaczuk 


Um comentário:

  1. Que belo! A insignificância humana desaparece diante da sua capacidade de fazer versos profundos e marcantes, com ideias nada descartáveis.

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