Primavera
* Por
Núbia Araújo Nonato do Amaral
Entre uma corrida e outra
atravesso o quintal
cega
pela pressão
do cotidiano.
Sigo a passos largos com
o pensamento embotado
pelo chamamento,
meu
nome ecoa
como um
lamento sem fim...
Tropeço em uma pedra
daquelas cheias de linha
para aparar pipas.
Enquanto me abaixo respiro
devagar, formigas em profusão
passam diante dos meus olhos
recolhendo as pétalas
que não vi
cair.
Desato em lágrimas com medo
de perder
mais uma primavera.
* Poetisa, contista, cronista e colunista do
Literário
O seu medo é uma surpresa absurda, inesperada, a ponto de desapontar pelo inusitado. Ficou lindo.
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