terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Despertando com o amor

* Por Evelyne Furtado

Acordo e não há muito tempo para pensar. Tenho um compromisso urgente: você. Não sou bonita de manhã, mas você terá que me ver assim. É melhor continuar me achando linda, ou mentir, mas não me desagrade, por favor.

Corro ao seu encontro e, ao vê-lo, o dia começa para mim. Até então eu sonhava que iríamos nos ver. Acordo em tua boca. Desperto em teus braços. Vivo e morro em você. Mais de uma vez. E te amo em todas elas.

Amo você nos intervalos também. Amo quando miro o mel de seus olhos, amo-o quando você canta para mim e morro outra vez quando você diz me amar.

Perco o senso. Aliás, nós nos perdemos ali e nos achamos no outro. Somosd, os dois, um.

Lá fora, a vida segue seu rumo; aqui, o tempo é nosso e atende nosso apelo, dando-nos momentos sem fim. O centro de nossas vidas é aqui, a realidade é aqui.

As pessoas que correm para um lugar qualquer o executivo que faz do trabalho seu mundo, a maldade que aflige os inocentes, o desamor, asd reuniões intermináveis, nada disso existe para nós. São vidas paralelas, pois o âmago dos nossos mundos é aqui, de onde sairemos mais felizes para sonharmos com o próximo despertar.

* Poetisa e cronista de Natal/RN       

Um comentário:

  1. O amor afasta a sanidade, nos tornando um pouco bobos. Difícil falar deste estado de idiotia sem cair no meloso. Saiu-se bem, Evelyne. Ler isso tem cheiro de revelação e parece que o poeta falade si, talvez não seja o caso, mas não pensamos assim.
    Destaco: "Desperto em teus braços. Vivo e morro em você. Mais de uma vez. E te amo em todas elas."
    Muito bonito!

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