A flor docemente pousada
* Por Osvaldo Pastorelli
A flor docemente pousada
no seio da amada
revela paixão deslavada
no seio da amada
revela paixão deslavada
e os dedos tímidos
passeiam
pelas pétalas cuja cadencia
de movimentos, suaviza o ar
com aroma adocicado a
escorrer
úmidos anseios,
num devagar quase lento,
desce por entre os seios
túrgidos
saboreando a aspereza
de peles arrepiadas
e contorna o umbigo
beijando cada milímetro
a textura de sua forma,
e num apreciar maligno
continua a descida se arrepiando
pela quentura da virilha
indo se afogar na grande
gruta coberta pela mata
que acolhe em seu seio
o que eu sou:
múltiplos pedaços de
desejos
* Poeta e artista plástico
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