Experiência
* Por
Flora Figueiredo
É
possível viver um amor em sustenido:
basta que ele seja
mais amante que marido
e que tenha na mulher,
a namorada.
Aquela que ganha a lua
enfeitada
dos brilhos azulados da manhã.
Às vezes fêmea, às vezes fada, quem sabe irmã.
E que deitada
num colchão de encantos,
possa lamber o mel da vida.
Quando saciada,
envolva a beleza de ternuras tantas,
que não falte então mais nada
pra que num espaço mais curto
que o minuto,
possa escrever a estória mais perfeita
que já foi feita sobre o amor absoluto.
basta que ele seja
mais amante que marido
e que tenha na mulher,
a namorada.
Aquela que ganha a lua
enfeitada
dos brilhos azulados da manhã.
Às vezes fêmea, às vezes fada, quem sabe irmã.
E que deitada
num colchão de encantos,
possa lamber o mel da vida.
Quando saciada,
envolva a beleza de ternuras tantas,
que não falte então mais nada
pra que num espaço mais curto
que o minuto,
possa escrever a estória mais perfeita
que já foi feita sobre o amor absoluto.
In Calçada de Verão, 1989
*
Poetisa,
cronista, compositora e tradutora, autora de “O trem que traz a
noite”, “Chão de vento”, “Calçada de verão”, “Limão
Rosa”, “Amor a céu aberto” e “Florescência”; rima, ritmo
e bom-humor são características da sua poesia. Deixa evidente sua
intimidade com o mundo, abraçando o cotidiano com vitalidade e graça
- às vezes romântica, às vezes irreverente e turbulenta. Sempre
dentro de uma linguagem concisa e simples, plena de sutileza verbal,
seus poemas são como um mergulho profundo nas águas da vida.
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