Os vagabundos
* Por
Afonso Frederico Schmidt
Perdidos pela estepe enegrecida e rasa,
Nessa planície igual que a distância arredonda,
Que o inverno enregela e que o verão abrasa,
Dos vagabundos passa a maltrapilha ronda.
As miragens do céu são como pétrea onda...
E o vento forasteiro essa visão arrasa,
Quebrando torreões de arquitetura hedionda,
Catedrais de marfim e florestas de brasa!
Eles passam cantando uma canção dolente,
E vão deixando atrás, por sobre a terra ardente,
Dos seus inchados pés os passageiros rastros...
E quando a noite desce aos desertos medonhos,
Deitam-se sobre a terra e sonham lindos sonhos<
Na solidão da estepe e na mudez dos astros!
Nessa planície igual que a distância arredonda,
Que o inverno enregela e que o verão abrasa,
Dos vagabundos passa a maltrapilha ronda.
As miragens do céu são como pétrea onda...
E o vento forasteiro essa visão arrasa,
Quebrando torreões de arquitetura hedionda,
Catedrais de marfim e florestas de brasa!
Eles passam cantando uma canção dolente,
E vão deixando atrás, por sobre a terra ardente,
Dos seus inchados pés os passageiros rastros...
E quando a noite desce aos desertos medonhos,
Deitam-se sobre a terra e sonham lindos sonhos<
Na solidão da estepe e na mudez dos astros!
*
Jornalista, contista, romancista e poeta
Nenhum comentário:
Postar um comentário