* Por Maurício de Moraes
Tem povo
Tem poder
Tem poesia
Tem pouco
Tem pobreza
Tem poeira
Passa o tempo, o momento, o sofrimento
Passa o tempo, o pensamento, o vento
Passa o tempo, o óleo bento, o sargento
Essa gente que passa, nem sente
Vai à frente o sol poente que comove a gente
Vão os homens pelas ruas, todos nus
No meio deles pequenas luzes brilham
Iluminam, cintilam
Lançam um colorido, um bramido
E eu as vejo. Pequenos homens-=luz, me iluminem
Me afastem das trevas, que estão a uma légua dos homens nus
Me afastem do que não é puro, do que não é verdade
Me afastem das maldades , das vaidades, da inércia
Fico estanque!
Pobre mundo, cujo tempo passa, deixando grandes experiências
Vivências, consciências...
Passa o tempo, as luzes passam
* Poeta, jornalista e escritor mineiro
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