sábado, 12 de novembro de 2016

Oferenda


* Por Yeda Prates Bernis


Se eu pudesse fazer um poema
meigo como a brisa das manhãs,
doce como pássaro submisso,
lírico como a flor que desabrocha,

se eu pudesse fazer um poema
onde as palavras perdessem seu sentido
e se transformassem em etéreas formas
em música suave
ou em volátil perfume
que inebriasse,

levar-te-ia, amor,
em oferenda,
este mágico poema

Livro "Entre o rosa e o azul". Rio de Janeiro: Editora O Cruzeiro, 1967.

* Poetisa membro da Academia Mineira de Letras


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