sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Lídia


* Por Eduardo Oliveira Freire

Sempre foi muito bela e todos a admiravam ou invejavam.

Com o passar do tempo, tinha a impressão de ser esmagada por vários olhos e ficava exaurida. Desejava sempre ser invisível.

Um dia, quando acordou, ninguém mais ligava para ela. Misteriosamente, havia chegado uma jovem na cidade, muito parecida com Lídia.


Pela primeira vez, sentiu-se livre e ficou feliz. A beleza que sempre fora sua maldição se personificou, deixando-a em paz.


* Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante a escritor


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