terça-feira, 22 de outubro de 2013

Sem destino

* Por Alberto Cohen

Aonde vais criatura sem destino?
Buscar talvez algum brejo das almas
em que dormitem seres semelhantes,
na imobilidade do passado
e a desesperança nos semblantes?
Tropeças nas promessas não cumpridas,
nos risos falsamente encomendados,
na multiplicidade de tuas vidas,
nas cores de que foste abjurado.
Lembranças tão distantes e tristonhas
de tudo aquilo que julgavas ter,
fazem caretas, gestos obscenos,
nos pesadelos que hoje e sempre sonhas.
Que fazer criatura sem destino,
sem amigos, irmãos, sem mãe ou pai?
Menino grande, homem pequenino,
segura nas mãos de Deus e vai!

* Poeta e escritor paraense


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