quinta-feira, 20 de maio de 2010




Poema

* Por Washington Queiroz

lndevassável
é a palavra guardada
no lençol branco: dicionário.
eu um dia era de Maria,
doía;
era de Sofia,
ardia;
outro, era minha,
luzia).
Carrego meus versos
nos ombros, olhos,
assobiando pelos becos.
Sempre minto no verso
para não parecer que acerto sempre.
Mas não dou a ninguém
essas mentiras. Carrego-as nos bolsos
para agradar às crianças.

* Poeta e antropólogo baiano, autor do livro “A dança dos véus – fantasia e fuga”.

2 comentários:

  1. As mentiras embora doces, perdem
    logo o sabor.
    Bela poesia.
    Abraços

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  2. "eu m dia era..."
    Não entendi, foi erro de digitação?
    Abraços

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