terça-feira, 25 de maio de 2010




Menino de rua

*Por José Calvino de Andrade Lima

Menino de rua
Menino carente
Filho da rua
Destino ausente

Dorme nas calçadas
O cobertor é o jornal
Dos batentes, faz almofadas
Durante a noite, dorme afinal

Acorda de manhã
Sem rezas, ainda de madrugada
Vai à procura do amanhã

Amanhã é outro dia
Diz a beata:
“Virgem Maria!”

* Formado em comunicações internacionais, escritor, teatrólogo, poeta, compositor, membro da União Brasileira de Escritores, UBE-PE e rei do Maracatu Barco Virado. Como escritor e poeta, tem trabalhos publicados nos jornais: Diário de Pernambuco, Jornal do Commercio, Folha de Pernambuco e em vários sites... Tem 11 títulos publicados, todas edições esgotadas. Em 2007, integrou-se na Antologia (Poetas Independentes)

4 comentários:

  1. Destino ausente.
    Olhar ausente.
    Eles enxergam no amanhã
    apenas mais um dia.
    A gente projeta o futuro.
    Cruel realidade retratada
    em uma bela poesia.
    Parabéns amigo.
    Abraços

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  2. Muito bonito, Calvino.
    Vc percebe e sempre denuncia as injustiças sociais.
    Parabéns poeta!
    Beijos

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  3. O reconhecimento da realidade de que o ser humano é ultra adaptável chega ao extremo quando vemos uma criança na rua. Muitas delas chegam antes dos três anos de vida, e sobrevivem. Impressiona o real e o poema denúncia.

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  4. Mara,
    Dilma e Núbia
    Muito obrigado, queridas!
    Abração do,
    José Calvino
    RecifeOlinda

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