segunda-feira, 24 de maio de 2010


Atenção, alerta!!

Caros leitores, boa tarde.
Como você acha que seria o contato nosso, humanos terráqueos, com eventuais seres extraterrestres (caso estes existam, claro, e sejam “inteligentes”)? Será pacífico e acolhedor da nossa parte? Será conflituoso e tenso, dada a natural desconfiança que se tem do desconhecido? Será predatório, da parte do mais forte e intelectualmente mais avançado? Sim, como será esse hipotético encontro, se e quando ocorrer?
Aviso, de antemão, que não se trata de mera fantasia de ficcionista. E é muito menos delírio de um ufólogo convicto (que na verdade não sou), desses que vêem objetos voadores não-identificados por toda a parte e concluem, afoitamente, que sejam naves interplanetárias. Trata-se de “possibilidade”, posto que remotíssima, embora não se trate de “probabilidade”.
Para o astrofísico britânico Stephen Hawking, que, aos 68 anos, é um dos maiores gênios vivos, dos remanescentes em nossa época, esse possível encontro será tenso, dramático, conflituoso de parte a parte e sumamente perigoso para quem esteja em nível de desenvolvimento mental e, portanto, científico e tecnológico inferior, no caso, nós.
Sim, amigos, estaríamos infinitamente mais atrasados do que esses hipotéticos ETs. E por que? Porque com os recursos de que dispomos, não conseguimos chegar, sequer, ao planeta mais próximo da Terra, Marte e se lá chegarmos, não se sabe se sobreviveremos aos riscos de tão “ousada” aventura e se teremos condições de regressar incólumes ao nosso domo cósmico e relatar o que testemunhamos.
Com a tecnologia disponível, portanto, não podemos, sequer, deixar nosso sistema solar. Se o encontro se der, portanto, será por iniciativa dos alienígenas. E, dadas as fantásticas distâncias do universo, medidas não em quilômetros, mas em anos-luz (ou seja, a distância que a luz, que percorre no vácuo a 300 mil quilômetros por segundo, em um ano), para que algum ser vivo chegue até nós, terá que dispor de tecnologia infinitamente mais avançada do que a nossa. Seríamos, portanto, em comparação com tais ETs, mais obtusos que o animal terrestre mais descerebrado é para nós. Nessas circunstâncias, pois, quem dominaria quem?
Ademais, para o quê eles viriam a esse pequeno e talvez desinteressante planeta, que orbita uma estrela de quinta grandeza, localizada na periferia de uma galáxia que sequer é das maiores, no caso, a Via Láctea? A simples “passeio”, creiam, é que não seria.
Hawking afirmou categoricamente, em pronunciamento que fez para um documentário do canal de televisão a cabo “Discovery Chanel”, “que formas de vida inteligente, além da nossa, existem quase que com certeza”. E qual a base de tão ousada afirmação, já que feita por um cientista e não por um escritor de ficção científica, que baseia, portanto, conclusões não em meras especulações, mas em dados concretos? Na lógica e na teoria matemática das probabilidades
Segundo esta, é “provável” que existam, no universo com seus milhões de galáxias, pelo menos trezentos mil planetas com condições iguais à da Terra, ou seja, com a mesma distância da sua estrela-mãe, com um satélite do tamanho da Lua a orbitá-los, com atmosfera composta por sutil e rigorosa mistura de oxigênio e nitrogênio e, sobretudo, com água potável. Fantasia? Pode até ser. Mas, como dizem os italianos, “se non é vero, é benne trovato”.
“Uma visita de extraterrestres à Terra seria, guardadas as devidas proporções, como a chegada de Colombo à América, o que não terminou muito bem para os nativos americanos”, disse o astrofísico, no programa “O universo de Stephen Hawking”. “A maior parte da vida extraterrestre seria similar a micróbios ou a animais de pequeno porte. Todavia, podem haver formas mais avançadas. E, caso haja, essas poderiam ser nômades, em busca de locais para colonizar”, completa o cientista.
E não há, por acaso, lógica no que afirma? Esses viajantes do espaço (se existirem, claro), poderiam ter perdido, em decorrência de algum cataclismo, seu planeta de origem. Nesse caso, os tripulantes da nave, movida por alguma força fabulosa e absolutamente desconhecida por nós, seriam descendentes, possivelmente a milésima geração ou mais, dos que teriam iniciado tamanha aventura.
Se forem, de fato, inteligentes (e terão, necessariamente, que ser, caso contrário não teriam um veículo tão avançado que ser humano algum jamais concebeu, nem mesmo em imaginação, algo sequer remotamente parecido), não iriam se arriscar a toa, apenas por “espírito de aventura”. Certamente, teriam um objetivo prático.
Mesmo que se trate, pois, da mais delirante fantasia, não devemos estar tão ansiosos por um eventual encontro com ETs. Caso ele um dia ocorra (e sempre ressalvando a condição básica dessa premissa, que é a sua simples existência, claro), pode significar nossa escravização ou a pura e simples extinção. Portanto, compete-nos estar sempre alertas. Afinal, cautela e caldo de galinha... não fazem, ao menos ao que se saiba, mal a ninguém...

Boa leitura.

O Editor.

Um comentário:

  1. Carl Sagan dizia ser altamente improvável a existência de vida inteligente em outro planeta, especialmente referindo-se a comparação do estado atual de desenvolvimento dos humanos com esses possíveis seres. De todo jeito são ideias fascinantes.

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