terça-feira, 23 de junho de 2009




De coração

* Por Evelyne Furtado

Não deveria ter a pretensão de lhe ensinar nada, mas se quiser aprender, não se faça de rogado quanto à seguinte lição: amores de coração são vividos com calor e ternura; já os amores de pensamentos convivem com ansiedade e desconfiança.

O que você prefere? Sugiro o amor de coração. Foi por aí que você entrou. No primeiro olhar ou no primeiro toque? Não sei precisar, mas sei que meu corpo todo virou um grande coração a partir desse momento indeterminado.

Você viu, pois tem olhos na alma e eu nunca escondi a minha alma de você. Minhas intenções são puramente amorosas. Há tanta verdade entre nós. Algumas eu nem quero ver e você sabe o motivo. Outras são evidentes e ambos conhecemos. Aliás, você as mostrou.

Foi nessa realidade que crescemos e na represa das vontades as emoções se multiplicam: a vida brota em profusão; a imaginação perde o freio, a atração chega a doer, mas a ternura aplaca as contradições.

Assim vamos vivendo e todos os dias procuro algo novo para lhe presentear. Ontem encontrei esperança e hoje lhe envio uma braçada que colhi na madrugada. Que chegue a você com tudo mais que tenho para lhe dar.

* Poetisa e cronista de Natal/RN

7 comentários:

  1. O título é redundante - de coração é tudo o que você faz, gemas semanais de sensibilidade. Obrigado por mais esta, minha amiga. Um beijo.

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  2. De coração, mesmo. O sentido de oferta é tão explícito, evidente, sem qualquer arma nem defesa, que abala emoções. Um jorro, um banho, uma tsunâmi morna e benfazeja. Coisa gostosa de se sentir por cima...uhm...Parabéns, Eve!

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  3. Amar é doar o que temos de bom .
    Quem ama está sempre com o coração
    sereno e a mente tranquila.
    Amar é o maior presente que podemos
    dar ao outro e a nós mesmos.
    Texto doce e delicado,Evelyne.
    Como tudo o que você escreve.
    Oferecer através da escrita é uma
    forma de amar.

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  4. Obrigadas queridos Marcelo, Celamar e Daniel..de coração. Beijos

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  5. Uma braçada de esperança é ao mesmo tempo consolo e presente. Não tinha dado por fé que exiostisse amor de coração e amor de pensamento. Para mim eram uma coisa só. Como sempre digo: muito amor nunca é demais! E vamos aprendendo.

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