terça-feira, 30 de junho de 2009


O Poeta Marítimo

* Por Murilo Mendes

A noite vem de Bornéu
Clotilde se enrola no astracã
A tempestade lava os ombros da pedra
O grande navio ancora nos peixes dourados
Um menino serve-se da história de Robinson
Alguém grita
Pedindo uma outra vida um outro sonho
Um outro crime
Entre o amor e o álcool
Entre o amor e o mar.
Ouve-se distintamente
O respirar das hélices
O céu inventou o vento
A sereia enrola o mar com o rabo.

* Poeta

2 comentários:

  1. Amor+noite+tempestade+mar = Boa poesia.
    Gostei !

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  2. Com itens marítimos um poema se fez. Bons versos do céu inventar o vento e da sereia enrolar o mar com o rabo.

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