quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Amanhecer


* Por Conceição Pazzola


Pisei fora do portão e, naquele momento, a súbita ventania começou a varrer galhos e folhas das árvores, desmanchando nuvens.

Logo a chuva de vento varreu o quintal de um canto a outro. Zeus, nosso rottweiler, correu para os fundos da antiga garagem agora vazia, enroscou-se sobre si mesmo para voltar a dormir, enquanto o barulhinho de pingos no telhado o embalavam.

Dois passarinhos cinzentos de papo amarelo pousaram no murinnho da entrada, sacudindo asas e chilreando felizes com o inesperado banho de chuva logo ao amanhecer.

Olhei o espetáculo da ventania e da chuva que varria o quintal em todas as direções. Sentei para apreciar melhor. O dia apenas começava.


* Poetisa

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