Cinzas
do tempo
* Por
Francisco Simões
A
maré, a vazante,
O
mar retirante
Recua diante
Da
minha tristeza,
Presa
de lembranças,
Represa
de imagens,
Personagens,
história
Que
desenhei na memória
Com
as cinzas do tempo.
Um
dia de sol,
Trevas na alma,
Um
momento, uma calma,
A
pausa na dor.
Um
alento, uma passagem,
Entre
o amor e a amargura,
Entre
a culpa e a tortura.
A
frescura, a brisa
Me
seduz, me abraça,
Festeja, me
envolve
E
assim me devolve a paz
Que deseja ficar
Mas,
fraqueja e passa.
Um
dia de sol,
A
praia, a vida,
Na
contrapartida
O
escuro, o mergulho
Na
saudade antiga,
Amiga, inimiga,
Refúgio, pensar,
Que
agora me obriga
A
rever e chorar.
*
Jornalista,
poeta e escritor.
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