terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Afinidades - Eduardo Oliveira Freire


Afinidades


* Por Eduardo Oliveira Freire


Não sei se serei claro, mas, tentarei desenvolver meu argumento pontualmente...

Em qualquer lugar, há questões de afinidade. Existem pessoas que são mais próximas a você do que outras. Este fato pertence ao ambiente individual de cada um e não se pode julgar.

Entretanto, a questão de afinidade não pode se manifestar no ambiente público. Por exemplo, no trabalho, mesmo que o colega não seja um amigo, precisa respeitá-lo e passar as informações. É muito antiético, só ensinar ou ter paciência de explicar para os que fazem parte da sua "panelinha".

Sabe, fazer "panelinha" num ambiente de trabalho não é profissional. Ainda mais, ficar fazendo o clube das "comadres", detonando os outros colegas de trabalho. Este comportamento é nocivo entre os companheiros. Uma equipe de verdade, ajuda uns aos outros e até corrige quem errou.

NÃO ESTOU dizendo que se alguém vir algo de errado, não é para comunicar ao chefe. Pelo contrário, mas, se encontrar um erro, antes, mostre-o para quem é o responsável. Aí, os dois juntos, vão conversar com o chefe. Agora, falar com uma pessoa que não tem nada a ver com o assunto e ir direto ao patrão, acho muito deselegante.
Detalhe, minutos antes, os dois funcionários ficaram fofocando. Nossa! Que feio isso.

Todavia, quando estas pessoas cometem erros, falam com outro responsável para consertar e os erros dos que não fazem parte da panelinha, correm direto ao chefe. Muito curioso isso, não?

Tudo que relatei, acontece em qualquer escritório ou repartição do mundo inteiro, pois mostra que não adianta só ter grau de instrução e capacidade de exercer o cargo para ser um bom profissional, precisa-se ter valores bons e empatia ao próximo.

Confesso que não sou um bom profissional. Ainda tenho que melhorar muito e me reconstruir sempre. Respeito e compreendo quando me questionam profissionalmente.

Porém, nunca deixarei que questionem minha moral. Não sou safado, ladrão e nem parasita. E quando precisam de mim, faço meu trabalho sem distinção de quem eu gosto como amigo ou não. Posso me enganar e prejudicar um companheiro de trabalho sem querer, no entanto, nunca por maldade ou por displicência. Porque tem gente, que só atende ao chefe e seus companheiros futriqueiros. O restante, possui surdez seletiva.

Enfim, boa noite e pensem mais sobre respeito e ética. Vivemos num mundo tão vazio de valores, cada um quer devorar o outro para se sobressair. O que adianta rezar ou orar na ceia de natal, se passou o ano inteiro fofocando e desmerecendo um colega de trabalho.

Vamos viver mais os valores cristãos e deixar de só reproduzir palavras ao vento. Vamos ser mais humanos, menos oportunistas e maledicentes.


* Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/
   


Um comentário:

  1. Tudo começa com o respeito, em todas as relações. Amizade, solidariedade chegam depois. Bom desabafo, especialmente no tocante a "devorar o outro para sobressair". Isso é muito feio.

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