sábado, 8 de novembro de 2014

Em vão


* Por Clóvis Campêlo

Pela cidade em vão vagueio,
procuro rostos conhecidos
outrora e que me são perdidos
entre outros vultos alheios.

Encantaram-se os amigos,
mergulho em outra multidão,
embora seja o mesmo chão
pisado em tempos antigos.

Oh, cidade estranha e cruel,
nem mesmo o azul do teu céu
me faz sossegar as entranhas;

nem mesmo o brilho das tuas águas
a mim tranquiliza as mágoas,
a ansiedade tamanha.

* Poeta, jornalista e radialista, blogs:



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