Em vão
* Por
Clóvis Campêlo
Pela cidade em vão vagueio,
procuro rostos conhecidos
outrora e que me são perdidos
entre outros vultos alheios.
Encantaram-se os amigos,
mergulho em outra multidão,
embora seja o mesmo chão
pisado em tempos antigos.
Oh, cidade estranha e cruel,
nem mesmo o azul do teu céu
me faz sossegar as entranhas;
nem mesmo o brilho das tuas águas
a mim tranquiliza as mágoas,
a ansiedade tamanha.
*
Poeta, jornalista e radialista, blogs:
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