quarta-feira, 12 de junho de 2013

Esconjuro

* Por Alberto Cohen


Mistura de criança e de senhora,
no teu sorriso havia uma premência
de que eu abrisse as asas e voasse
de qualquer forma, mas que fosse embora.
Não sei qual o mistério que ocultava
o teu olhar de antiga despedida,
somente qualquer coisa no passado
fazia-te ansiar minha partida.
E novamente como bom menino
fui pelos céus, um anjo sem futuro,
sem sonhos, sem esperas, nem destino,
exorcizado por teu esconjuro.

     · Poeta e escritor paraense


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