sexta-feira, 21 de junho de 2013

Pílulas literárias 172

* Por Eduardo Oliveira Freire

ELE

Acorda transbordando amor e sai de casa radiante. Ninguém o percebe. De repente, um tiro atinge sua cabeça e ele cai morto no chão. As pessoas começam a enxergá-lo e até lhe acendem uma vela. Mas, ninguém testemunhou amor que ele sentiu.

***
EM NOITES FRIAS E ESCURAS]

A morta-viva cantava uma bela canção, que atraía os vivos e eram atacados por um bando de zumbis. Ela não percebia nada, estava longe em seu mundo vivendo a liberdade plena.

***

ROSA BRANCA


- Sim...
- Apesar de tudo, como consegue aparentar estar tão viva?
- É que há algo dentro de mim que ninguém pode tocar, podem me
violentar de todos os jeitos, mas nunca o pegarão.
- Mas, eu posso ver que você diz que é só seu.
- É porque quero mostrar a você.
- Então, ainda tem capacidade de ter esperança. Não sei se consigo.
- Se não tentar, será um fraco.
- Rosa, você é forte.

O menino ouve uma explosão e retorna ao esconderijo, deixando a única flor do jardim em ruínas.

* Eduardo Oliveira Freire é formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense, com Pós Graduação em Jornalismo Cultural na Estácio de Sá e é aspirante a escritor

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