segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Viageiro coração

* Por Alberto Cohen


O viageiro coração covarde
que não tem forma, cor, definição,
esconde-se na luz dos candelabros
da rua e deita sombras pelo chão.
São vultos que se arrastam, persistentes,
no rastro de memórias descabidas
ocultas na bagagem clandestina
que ainda guarda vidas não vividas.
E nada pode o coração covarde
contra os fantasmas da recordação
que se escondem também nos candelabros
da rua e deitam sombras pelo chão.


* Poeta paraense.


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