Moldura
* Por
Núbia Araujo Nonato do Amaral
Imagino-te.
De olhos fechados
rabisco no papel
teus traços.
Teus poros sequiosos
de umidade onde pontas
de dedos imaginários
passeiam entre
os pelos eriçados.
Teu sorriso,
ah...o teu sorriso,
aberto, escancarado
feito janela de rapariga
a testar seus dotes
num decote colorido.
Desenho a noite
com poucas estrelas
e pingos de chuva,
os lápis, gastei-os todos,
fica na moldura
somente o que
eu posso enxergar.
* Poetisa, contista, cronista e colunista do
Literário
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