

Rede
* Por Suzana Vargas
Ela.
Ela pertenceu num dia que dista
à classe refinada de empregadas
(brilhavam de limpeza suas unhas,
um cabelo de redes na cabeça)
... Marmorizou.
Ainda se acredita vestindo madames
na Muda,
ouvindo/acompanhando
viagens à Europa.
E anda pelas ruas agitando um leque
ao qual se acostumou.
“É doida”. Dizem uns.
Eu digo ? “É certa”.
Ela apenas anda
os sonhos de mansão
que nós corremos
E só difere porque está desperta.
* Por Suzana Vargas
Ela.
Ela pertenceu num dia que dista
à classe refinada de empregadas
(brilhavam de limpeza suas unhas,
um cabelo de redes na cabeça)
... Marmorizou.
Ainda se acredita vestindo madames
na Muda,
ouvindo/acompanhando
viagens à Europa.
E anda pelas ruas agitando um leque
ao qual se acostumou.
“É doida”. Dizem uns.
Eu digo ? “É certa”.
Ela apenas anda
os sonhos de mansão
que nós corremos
E só difere porque está desperta.
* Poetisa gaúcha, radicada no Rio de Janeiro, autora de literatura infantil e ensaísta. Tem 16 livros publicados, entre os quais “Sombras chinesas” , “Caderno de Outono” (indicado ao Prêmio Jabuti) e “O amor é vermelho”.
A visão reducionista das pessoas precisa ser alertada de que a diversidade humana pode ser muito interessante.
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