terça-feira, 24 de agosto de 2010




Trem do Progresso*

** Por José Calvino de Andrade Lima

Nos versos brancos ou soltos
Ontem sonhei que era maquinista
Outra noite sonhei com rima
Numa despedida muito emotiva
Combinando com a palavra
Com outra, no mesmo tom,
Com o som da locomotiva.

Do trem um abraço
Na estação do progresso
Que passou como uma bala
Voando sobre trilhos
De aço!


*Extraído do livro: “Poetas Independentes”, p.77 – Ed. 2007.

** Escritor, poeta e teatrólogo

4 comentários:

  1. Quando via o trem de aço passar tão imponente
    brilhante como estrela, observava as pessoas
    que das janelinhas olhavam para o nada.
    Foi aí que percebi que eles também sonham e que
    ao final de seus destinos a vida continuava.
    Eita paixão heim Zé! Linda poesia.
    Beijos

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  2. Os trens do Recife são das mais lindas lembranças que tenho desta terra,Calvino. Só os nomes das estações já compõem um poema: Coqueiral, Tijipió...Ainda permanecem esses nomes?
    Abraços,

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  3. Calvino, desconhecia a sua faceta de visionário, pois até aqui aparecia mais como historiador. Enquanto se trombeteia o futuro trem bala entre São Paulo e Rio, o seu já estava pronto, fazendo viagens de ida e volta.

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  4. Núbia, Risomar e Mara, obrigado minhas queridas, fico muito feliz que tenham gostado.
    Riso, os nomes das estações permanecem.
    Abraços,

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