domingo, 15 de agosto de 2010


Homem-aranha

* Por Alex Brasil

A aranha
faz a sua teia
e nela não se emaranha.
O homem,
na teia que faz,
na vida que tece
em tantos caminhos que traça,
de si mesmo esquece,
em si mesmo se embaraça.
Que coisa estranha:
embora sendo instinto
não se perde a aranha
no seu labirinto,
e o homem, tão racional,
nos caminhos que sonha
torna-se em si presa fatal:
nos próprios sonhos se emaranha

* Poeta, publicitário e membro da Academia Maranhense de Letras. Tem duas dezenas de livros publicados

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