sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012



Soneto da paixão criada

* João Alexandre Sartorelli

Adeus ao mar que esqueço
E esqueço sem dizer adeus,
Porque até o adeus esqueço
Neste mar que nunca foi meu.

Como não foi meu teu corpo
Nas tardes vadias nas areias.
Onde seguia o teu contorno
E me enredava em tua teia.

Sei que tudo em mim arde
Como na mais cruel literatura
Porque nunca houve uma tarde,

Nunca apertei tua cintura,
Mas sempre cri em tua imagem
E nessa crença ela vive e dura.

* Analista de Sistemas por profissão e poeta por vocação

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