O
que há de sensível
* Por
Adrino Aragão
o
que há de sensível em meu íntimo não se comunica
ou
se desdobra em gesto de inexata comunhão
como
parte deste rito dividido entre fome e compaixão
ou
quando sozinho diante da própria fronte principia
outro
desconhecido rosto sobreposto e bem mais inteiro
no
espelho partido ao peso do corpo em apoio
[na
pia do banheiro
e
não sei se serei eu em cada caco laminado
[ou
no sangue em minha mão
ou
na face que exponho oposta ao riso
[que
guardo na solidão
que
encontro nestas poucas paredes em que me perco
pelo
óbvio labirinto pulsa na palma o caminho
que
meu íntimo não comunica ao que há de sensível
* Ficcionista e poeta amazonense.
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