Para
viver a força e o vigor
* Por
Mara Narciso
A
população em geral tem preocupação com a pele do rosto,
especialmente com a acne nos adolescentes. Quando os 35 anos são
ultrapassados vêm os cuidados para amenizar o envelhecimento da
pele. Então, após os 40 anos, o limiar da juventude, chega o começo
da perda de vitalidade. Atualmente, a expectativa de vida no Brasil é
de 75 anos, e a velhice, por lei, começa aos 60 anos.
Os
cuidados preventivos para um envelhecer saudável deveriam começar
na infância, fazendo-se uma reserva de ossos e músculos através de
boa alimentação e exercícios. Pouco se faz, e então, no susto,
descobre-se a redução do vigor. São comuns pessoas aposentadas,
mergulhadas na prática da imobilidade, pouco depois dos 60 anos,
mostrarem dificuldade para se levantar, e se nada for feito, poderão
até parar de andar, por perda relativa da força muscular. O músculo
parado e mal alimentado perde fibras e energia. É preciso exercitar
mais nesse mundo em que as máquinas trabalham por nós.
A
idade geral da pessoa, ao longe, é percebida num olhar. A postura ao
andar salta aos olhos, e indica o quanto alguém investiu no
envelhecimento sem doença. Todos os sistemas estão interligados,
por isso é preciso cuidar das emoções, do espírito e do corpo.
Na
velhice, recomendam-se exercícios na água, quando houver problemas
ortopédicos, mas a melhor alternativa para acordar os músculos em
qualquer idade é associar musculação ao Pilates, o método de
puxar molas, criado por Joseph Pilates, cujo legado está completando
cinco décadas.
O
Pilates propicia uma evolução gritante na qualidade do desempenho.
Gradualmente, quem treina vai reconhecendo todos os músculos e
tomando consciência do seu corpo, e, com rotina e disciplina, ganha
equilíbrio, força, flexibilidade, resistência e habilidade em
executar os exercícios. Também adquire um andar mais ágil. O grau
de dificuldade vai se ampliando com o treinamento. A melhora é
progressiva e o resultado efetivo. Quem imagina que Pilates sejam
exercícios de alongamento para idosos, descobre na primeira aula,
como estava enganado. Em dois tempos frequentei Pilates cuja soma dá
dois anos, e, em ambas as fases, notei marcantes mudanças.
Depois
de 20 aulas, eu percebi diferenças e após 30 aulas os outros
perceberam. A alteração estética foi grande, com aumento da massa
muscular e diferença na forma do corpo. Pareceu que eu tinha
emagrecido, sendo que, no entanto, meu peso tinha aumentado 1,5
quilos, com ampliação de algumas medidas e redução de outras.
Ganhei tônus muscular, ficando com a aparência mais fortalecida.
Há
quem faça esses exercícios todos os dias, mas alternar dois dias de
Pilates e mais dois de musculação é suficiente para um ganho
substancial de músculos e esqueleto.
Fazer
Pilates é penoso, por se tratar de respirar e estar no mundo,
adequadamente, tendo consciência corporal e postura correta. Os
exercícios são a antítese do que se faria espontaneamente e o
forte são os exercícios isométricos, de maior complexidade e que
trazem excelentes resultados. Assim, se está fácil, esteja certo de
que está errado. No Pilates o exercício é antinatural, com esforço
para despertar músculos nunca usados, e, por isso mesmo, esquecidos.
Não
há nada melhor do que Pilates para fortalecer o abdome. Todos os
exercícios devem ser feitos com a respiração correta e ampla, com
tórax aberto e os músculos gerais ativados, especialmente abdome,
assoalho pélvico e região da escápula. Quanto mais consciência o
praticante tiver dos seus músculos, durante a execução dos
trabalhos, melhores os resultados.
*
Médica endocrinologista, jornalista profissional, membro da Academia
Feminina de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico, ambos de
Montes Claros e autora do livro “Segurando a Hiperatividade”
Boas e saudáveis dicas, Mara. É a chamada Medicina Integrativa, ganhando o merecido e cada vez maior espaço nas abordagens médicas. Abraços.
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