terça-feira, 24 de outubro de 2017

A estupidez neofascista e a ignorância quanto à defesa do território brasileiro


* Por Bruno Lima Rocha


Uma polêmica contemporânea nas correntes à esquerda do governo que fora destituído em um golpe parlamentar com apelido de impeachment é o avanço da direita herdeira da linha dura, ao menos no discurso.

Parece um pesadelo de distopia, mas é o reflexo de dois fatores consequentes. O primeiro é o entulho autoritário, herdeiro e desenvolvido durante e após a ditadura, cuja presença é permanente na base da pirâmide social brasileira, assegurando os índices absurdos de violência, com recordes de execução extrajudicial. O fator subsequente é a inserção de instituições sociais que reforçam este sistema de crenças, incluindo as empresas de exploração da fé (“igrejas” neopentecostais), o senso comum contra os direitos humanos e a sedimentação da imagem de um parlamentar reconhecido por defender posições antes inconfessáveis.

Sim, a direita mais asquerosa saiu do armário e tenta fazer tese e programa de bandeiras indignas e seguramente antes proferidas nas masmorras e porões de tortura.


* Professor de relações internacionais e de ciência política.
 


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