Beijos
* Por
Abílio Martins
Beijos
de mãe são harpejos
De doces, nobres encantos
Tão diferente dos beijos
Que dão as beatas nos santos...
Beijo de moça bonita
Faz bem aos nervos, faz bem!
Mas beijo de sogra é fita
Que não ilude a ninguém...
De beata um beijo, eu digo,
Que é melhor morrer à míngua,
Só por causa do perigo
Da vizinhança da língua...
Aquele beijo, criança
Que prometeste, confessa,
Nunca passou de esperança,
Nunca passou de promessa.
Talvez que tenham contado,
Com simulado escarcéu,
Que dar-se um beijo é pecado,
Que fecha as portas do céu.
Mas que impostura! Desejo
Que te convenças, meu bem
Mesmo às ocultas um beijo
Nunca faz mal a ninguém.
Tantos encantos encerra
O beijo, é coisa tão boa:
Quem não dá beijo na Terra,
Deus lá no céu não perdoa.
De doces, nobres encantos
Tão diferente dos beijos
Que dão as beatas nos santos...
Beijo de moça bonita
Faz bem aos nervos, faz bem!
Mas beijo de sogra é fita
Que não ilude a ninguém...
De beata um beijo, eu digo,
Que é melhor morrer à míngua,
Só por causa do perigo
Da vizinhança da língua...
Aquele beijo, criança
Que prometeste, confessa,
Nunca passou de esperança,
Nunca passou de promessa.
Talvez que tenham contado,
Com simulado escarcéu,
Que dar-se um beijo é pecado,
Que fecha as portas do céu.
Mas que impostura! Desejo
Que te convenças, meu bem
Mesmo às ocultas um beijo
Nunca faz mal a ninguém.
Tantos encantos encerra
O beijo, é coisa tão boa:
Quem não dá beijo na Terra,
Deus lá no céu não perdoa.
*
Poeta cearense.
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