Incorporação
* Por
Lindolfo Bell
I
Na
área da palavra
lavro o canto.
Cantar
é lavrar.
Se existe a palavra no canto
também existe o pranto,
amalgamado ao amor
e muito espanto.
Cantar
é um tempo de amar.
E o tempo de dor
é um tempo de dar.
Da flor, lavro
a fortaleza.
Do pássaro
a gr-ave melodia.
E nas água móveis do poema
transforme a palavra
dia a dia.
Cantar
é fundar
no equi-vale da vida.
não é ilha.
mas partilha.
Destino?
Desatino?
Avanço por declives e pl-anos.
Por ser tempo de amar
uso intenso o meu cantar.
II
Ninguém ensina
o caminho
da mina.
Na oculta argamassa
vou à caça.
E mesmo da sobra
faço a obra.
O meu prato
é um ato
de alegria.
Também do triste
o fruto persiste.
E apesar do peso
o meu é meu
no coração aceso.
Meu sussurro
é um soco
no escuro.
E meu silêncio,
um grito fundo
nas carnes do mundo.
lavro o canto.
Cantar
é lavrar.
Se existe a palavra no canto
também existe o pranto,
amalgamado ao amor
e muito espanto.
Cantar
é um tempo de amar.
E o tempo de dor
é um tempo de dar.
Da flor, lavro
a fortaleza.
Do pássaro
a gr-ave melodia.
E nas água móveis do poema
transforme a palavra
dia a dia.
Cantar
é fundar
no equi-vale da vida.
não é ilha.
mas partilha.
Destino?
Desatino?
Avanço por declives e pl-anos.
Por ser tempo de amar
uso intenso o meu cantar.
II
Ninguém ensina
o caminho
da mina.
Na oculta argamassa
vou à caça.
E mesmo da sobra
faço a obra.
O meu prato
é um ato
de alegria.
Também do triste
o fruto persiste.
E apesar do peso
o meu é meu
no coração aceso.
Meu sussurro
é um soco
no escuro.
E meu silêncio,
um grito fundo
nas carnes do mundo.
*
Poeta
catarinense.
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