terça-feira, 17 de outubro de 2017

De tocaia

* Por Eduardo Oliveira Freire

Está tão absorto num filme de suspense que se esqueceu de trancar as portas. Um desconhecido entra e o espreita, segurando uma faca. Mas, o vizinho viu alguém a entrar na sua casa e pega a arma...

Quem escreve esta narrativa fica tão compenetrado que não percebe alguém entrar  no recinto. Quando está prestes a atacá-lo, uma naja surge e o pica. O dono da casa, além de ser escritor, gosta de criar cobras venenosas.

Não adianta, estou sem inspiração. Vou apagar esta porra e dormir. Mas, ainda sinto que tem alguém na casa a me observar... Tomara que a noite acabe bem, apesar de sentir um peso no peito e pensar em Helena.”

Quem ele pensa que é para me descartar? A última coisa que verá será meu rosto gozando ao vê-lo morrer. Daria uma cena maravilhosa para o seu livro, não? Sempre foi um escritor medíocre”.


* Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/



Nenhum comentário:

Postar um comentário